O lucro líquido dos dez bancos que apresentaram balanço do primeiro semestre até agora cresceu 44,5% e atingiu R$ 10,9 bilhões, segundo levantamento da Austin Rating. ‘Dificilmente outro setor da economia apresentará um crescimento tão robusto como o apurado pelo setor bancário’, afirma o presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 8-08-2007.
Segundo ele, os números dos bancos são bons em quase todos os itens do balanço. Mas o fator que tem impulsionado o resultado é o crescimento da carteira de crédito. No período, as operações avançaram 30% comparado a igual período de 2006. ‘Eles estão entrando em segmentos mais arriscados e com retorno melhor’, afirma Rodrigues, destacando o avanço dos empréstimos para pessoa física e para pequenas e médias empresas.
Segundo editorial do jornal Folha de S. Paulo, 8-08-2007, “nunca na história deste país registraram-se cifras dessa magnitude”.
“A atual divulgação de lucros bancários – escreve o editorial – não deixará o presidente da República falando sozinho. Os banqueiros, incluídos entre os setores que Luiz Inácio Lula da Silva chamou de ingratos por vaiá-lo, continuam acumulando motivos, medidos na casa dos bilhões, para aplaudir o governo petista.
Em meio ano de atividade, as duas maiores instituições bancárias privadas lucraram mais de R$ 8 bilhões -altas de, respectivamente, 28% e 36% sobre o primeiro semestre de 2006″.
Para o jornal “o Brasil vai desmentindo a teoria de que, num ambiente de maior estabilidade e previsibilidade financeira, os bancos aceitam abrir mão de uma parcela de seus lucros unitários para ganhar mais com a escala. Pior para a teoria – e para os clientes”.